Cão quentinho.


O Inverno já chegou… e com ele as baixas temperaturas. Especialmente se você mora na região Sul ou Sudeste do país, deu para perceber, né? Não são só os humanos que sofrem com o frio, os animais também.
   Algumas raças, como o Husky Siberiano, o Malamute do Alaska e o São Bernardo, possuem características, como subpêlo e maior camada de gordura sob a pele, que os fazem mais resistentes ao frio. Mas, os cães de pelagem curta, geralmente, são os mais afetados.
   Podemos observar que, no frio, algumas doenças aparecem com maior frequência. Dentre elas, está a traqueobronquite.  Mais conhecida como “tosse dos canis”, a doença pode ser causada por vírus, bactérias ou fungos e é altamente contagiosa entre cães através do contato direto entre os animais. Pode aparecer em qualquer época do ano, porém há uma predisposição nos meses de frio, pela baixa temperatura. Ao ser contagiado pela “tosse dos canis” o cão pode apresentar sinais clínicos que lembram muito o resfriado humano, como tosse, espirros, febre, falta de apetite e coriza. Para prevenir a traqueobronquite, vacine o seu cão anualmente, principalmente se ele frequenta locais públicos e convive com outros animais.
   Além das doenças respiratórias, deve-se dar uma atenção especial para os animais idosos com problemas osteoarticulares como artrose, calcificações na coluna ou hérnia de disco, que passam a sentir mais dor quando expostos a baixas temperaturas. Portanto, se o seu pet apresentar sintomas aparentes de dor, dificuldade de locomoção ou de se levantar pela manhã, agressividade e sensibilidade ao toque, o ideal é procurar um especialista para checar as possibilidades de medicação analgésica. Mas nunca medique o seu bicho sem consultar previamente um veterinário.
   Quando as temperaturas caem, as chuvas diminuem e os gramados e pastagens ficam mais secas, as populações de carrapatos aumentam consideravelmente e o risco de viver uma infestação torna-se maior. Além do incômodo e da coceira, os carrapatos trazem juntos algumas doenças que podem ser letais para o animal de estimação (Erlichiose, Babesiose e Doença de Lyme) e mesmo para o homem (Febre Maculosa). Por isso é preciso manter a prevenção, aplicando produtos adequados tanto no animal quanto no ambiente. Sabonete, shampoo, loção, spray, coleiras e pour-on, aquela pipeta que é colocada na nuca do animal, são algumas das opções que recheiam as prateleiras dos petshops prometendo prevenir o aparecimento de pulgas e carrapatos e eliminar os parasitas que possam existir.
   De um modo geral, todo animal tem o direito a um abrigo no inverno (ou pelo menos, deveria ser assim!). Na natureza, os cães selvagens podem se abrigar em tocas durante o frio ou dormem uns bem próximos aos outros para se aquecerem mutuamente. Portanto, se você possui um animalzinho de estimação, deve assumir todas as responsabilidades e deveres, incluindo o de proteger o seu animal do frio.
   Como os humanos, cachorros, gatos, pássaros, peixes e outros animais precisam se aquecer no outono e inverno, quando as temperaturas ficam mais baixas, por isso preste atenção às dicas que seguem e mantenha o seu animal bem quentinho e saudável mesmo nos dias mais gelados.

Abrigo:

Os animais domésticos precisam de abrigo longe do vento e da chuva. Por isso, é importante adaptar espaços e proteger o local onde eles dormem.
No caso dos cães e gatos, o ideal é cobrir o local onde eles dormem com jornal, papelão, cobertores ou alguma outra peça de pano.
Há cães que, embora tenham casinha ou caminha, preferem dormir ao relento, no chão e até mesmo ficar na chuva. Não permita e prenda ele num local abrigado nos dias muito frios ou chuvosos.
Os recém-nascidos devem ter atenção redobrada durante o frio. Todos os filhotes, até os dois meses de idade, ainda não têm uma capacidade eficiente de manter a temperatura corpórea e perdem calor facilmente. Por isso, dependem de abrigo e da energia fornecida pela alimentação.

Roupinhas:

Nessa época do ano, as vendas de roupinhas especiais para animais disparam. E, sem os exageros, não são somente luxo ou vaidade, elas realmente ajudam a aquecer o animal. A maior procura é para animais de pequeno porte e os preços podem variar dependendo do tecido e do modelo. Os cães grandes, assim como os gatos, costumam ter menor tolerância para as roupinhas. Nesses casos, procure usar essas vestimentas nos dias mais frios, pois se eles se sentirem incomodados, encontrarão sempre uma maneira de tirar.

Banho e tosa:

Se possível, evite banhos em dias muito frios e diminua a freqüência de banhos no inverno. Mas, se o banho é inevitável, procure usar sempre água morna e dar o banho em um local protegido do vento. O animal também deve passar por uma secagem minuciosa, para não deixar pêlos úmidos.
Cuidado com os choques de temperatura, como dar banho, secar o cão com secador (em casa ou no pet shop) e sair em seguida com ele na rua. Espere pelo menos 30 minutos.
Mantenha a pelagem do animal mais comprida, evitando tosas muito baixas.

Passeios:

Não corte ou diminua os passeios diários do seu cão. Apenas prefira os horários mais quentes do dia (das 11 às 15hs).

Alimentação:

Durante o inverno, aumente em 20 a 30% o alimento do seu animal. Mas isso não vale para cães ou gatos obesos, sem atividade ou com grande tendência a ganhar peso. Os animais precisam preservar a saúde e a dieta equilibrada é o primeiro passo para isso.

Seguindo estas dicas e dando a atenção necessária às necessidades do seu bichinho de estimação, além de preservar a saúde do seu animalzinho, você dormirá tranquilo, embaixo dos seus cobertores, com a certeza de que o seu amigão não está passando frio.

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