Mitos e verdades sobre castração


   Castrar um cão é mais do que uma questão de reprodução: é uma questão de saúde. Castrando o seu bichinho você está prolongando a vida dele.
   A principal doença reprodutiva das cadelas, e o tumor mais comum de cadelas sexualmente intactas, é o tumor de mama. Ele é o segundo tumor mais frequente em cadelas. É provado que a sua incidência cai para 0,5% quando a cadela é castrada antes do primeiro cio, mas o efeito da castração na diminuição da incidência deste tumor vai diminuindo com o tempo, sendo que não se altera se a cadela for castrada após o segundo cio. Já nas gatas, a ocorrência de tumor de mama é sete vezes maior em fêmeas não castradas do que naquelas castradas.
   Além dos tumores de mama, a castração precoce previne virtualmente quase todos os outros tumores relacionados ao sistema reprodutor, tanto em machos quanto em fêmeas, assim como outras doenças do sistema reprodutor. Por exemplo, uma doença muito comum em cadelas, principalmente naquelas que receberam hormônios para evitar o cio, é o Complexo Hiperplasia Endometrial Cística PIOMETRA, doença que se não for tratada a tempo, ou seja, se não for realizada a retirada do útero, pode levar a morte.a probabilidade de pegar doenças não aumenta com a castração. Antes pelo contrário: a retirada de útero e dos ovários, ou testículos, acaba com a possibilidade de infecções e tumores naqueles órgãos, e de complicações ligadas à gravidez e ao parto. Sem acasalamentos, as doenças sexualmente transmissíveis deixam de representar risco. Cai a incidência de tumores da mama. dependendo das disputas, o acasalamento pode até causar instabilidade emocional.
  • ”A fêmea precisa ter crias para manter o equilíbrio emocional.”
FALSO:
não há relação entre os dois fatos. O equilíbrio emocional fica completo com a maturidade, que ocorre por volta dos dois anos nos cães não castrados. Se uma cadela se mostrar mais calma e responsável depois da primeira ninhada, é porque amadureceu devido a ter avançado na idade e não porque se tornou mãe.
  • ”A falta de prática sexual causa sofrimento.”
FALSO:
o que leva o cão à iniciativa de acasalar é exclusivamente o instinto de procriar, e não o prazer nem a necessidade afetiva. O sofrimento pode atingir machos não castrados. Por exemplo, se vivem com fêmeas e não podem cruzar, ficam mais agitados, agressivos, não comem e perdem peso.
  • ”Castrar reduz a agressividade do cão de guarda.”
FALSO: a agressividade necessária para a guarda é determinada pelos instintos territoriais e de caça e pelo treinamento, sem ser alterada pela castração. A dominância e a disputa sexual criam oportunidades para o cão usar a agressividade que tem, mas não são as causas dela.

 A castração ajuda a corrigir comportamentos indesejáveis

   Há varias idéias falsas sobre os efeitos prejudiciais da castração nos cães. Conheça os mais comuns:
  • “Cão castrado é mais propenso a problemas de saúde.”
FALSO:
  • "Acasalar deixa o cão emocionalmente mais estável.”
FALSO:


   É o que garante um estudo feito em cães machos pelo Veterinary Mudical Teaching Hospital, da Universidade da Califórnia, em conjunto com a Small Animal Clinic, da Universidade de Michigan. Bastou a cirurgia ser feita para, em grande parte dos casos, cessar o comportamento indesejado, obtendo-se uma rápida solução. Em outros casos, de maus-hábitos mais arraigados, a correção demorou mais, por exigir também um trabalho de reeducação do cão. Veja os resultados:

FUGIR – 94% dos casos foram resolvidos, 47% rapidamente.

MONTAR – 67% dos casos foram resolvidos, 50% deles rapidamente.

DEMARCAR TERRITÓRIO – 50% dos casos foram resolvidos, 60% deles rapidamente.

AGREDIR OUTROS MACHOS – 63% dos casos foram resolvidos, 60% deles rapidamente.
Quanto custa pra castrar?

   Economicamente, a cirurgia em filhotes é muito menos onerosa do que em adultos, pois consome menores quantidades de anestésicos e materiais em geral, sem ainda falar no tempo, pois a cirurgia é muito mais rápida.
   Outra vantagem em se castrar filhotes é fazer com que após a adoção, não exista o risco destes animais se reproduzirem e agravarem problema da superpopulação, pois, a maioria dos proprietários não está consciente do problema e deixa seus animais se reproduzirem sem critérios. Quando se trata da fêmea o quadro é ainda pior, pois, muitas vezes o que vemos são os donos matarem os filhotes assim que nascem ou jogá-los na rua para que morram ou sejam adotados, e quando eles sobrevivem acabam se tornando cães vadios, sem dono, passando fome nas ruas e transmitindo doenças para outros animais e mesmo para as pessoas.

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